segunda-feira, 13 de junho de 2011

Penso, logo insisto

Encarar a segundona braba já é cruel quando estou bem. Doente então, judia.
Eu até pensei em escutar o “você tem certeza disso?”, mas era tarde demais...cachoeira é difícil de resistir....


 Bão (e gelado) dimais...

Capricorniano já é teimoso por natureza (ô racinha!) e eu não fugi da regra, certo? Agora agüenta e não reclama.
Mas essa teimosia ou obstinação (que na verdade são a mesma coisa, só que uma é boa e a outra ruim...hehe) sempre me fez ir atrás do que acho que é certo, batendo a cabeça muitas vezes. Por outro lado devo a ela o que ganhei até hoje. Fair enough...

No fim das contas essa gripe nem de longe acaba deixando esse dia menos espetacular, tudo valeu muito a pena.

Só um pouco de vitamina C e chá e logo mais tô pronto pra molhar a cabelera na água gelada de novo...

Simples.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Idéias, criatividade e brincar de ser deus

Esse frio tá foda. Queria um chuveiro que me lavasse sem me molhar e um banheiro menos gelado. Como?
Até onde posso seguir fazendo o que realmente importa? (no bom e velho érreagaês, “fazendo a diferença?”)
Hoje em dia ouço falar muito em inovar, ousar, etc e vejo exatamente o contrário...pessoas quadradas vivendo no seu mundinho cartesiano.
Outro dia parei pra observar as crianças. Como são feras! Na infância nem precisamos de álcool (ou qualquer coisa de sua preferência) pra dar uma lubrificada nas idéias. Acho fantástico quando elas simplesmente não aceitam o “não” como resposta (talvez quando for a minha vez de ser questionado eu não me empolgue tanto assim, vai saber).
E à medida que elas vão crescendo, a gente MATA toda essa criatividade (que um dia também já existiu em nós) ensinando todos os porquês e que um mais um vai ser sempre dois. Na escola aprendem que as coisas têm uma só resposta (aquela que fica no final do livro) e ponto. Pra mim isso é ainda mais evidente pelo fato de ser engenheiro (eu sei, ninguém é perfeito), porque vivi num ambiente mais quadrado ainda. Mas acho que nem fiquei tão zuado depois disso, pois acreditem, com curso sinistro do jeito que é e a escassez de mulher na turma somada à quantidade de criaturas amigos bizarros certamente tinha que resultar em terapia (ainda não precisei).
Com tudo isso, chega a ser, no mínimo, contraditório ser cobrado pra fazer diferente. Tô errado? (ou tá tudo errado???)
Agora, olha só este tiozinho. Seu nome é Theo Jansen, um holandês de sessenta e poucos anos. Sobre sua ocupação, ele mesmo diz: “eu tento criar novas formas de vida. Isso me ocupa 24h por dia”.



"The walls between art and engineering exist only in our minds."

Num primeiro momento, você pode até pensar “esse cara tá de brincadeira” ou “pra que fazer isso?”.
É justamente com essa liberdade de pensamento e propósito que essas pessoas podem influenciar o que existe ao seu redor. Leonardo da Vinci criou um monte de coisa que estavam ainda longe de existir na época. A cabeça dessas pessoas é livre. Tem sonhos, como as crianças.
Essa é a quebra de paradigma que extrapola a falta de conteúdo e o modismo de falar “vamos inovar”, é o agir fora da caixa e realmente transformar o mundo para que este nos sirva, e não o contrário.
Será que conseguimos ser um pouco assim? Fazer o outro caminho depois do trabalho, uma coisa nova no fim de semana, tomar café com a mão esquerda, ler o capítulo 3 primeiro e depois começar o livro desde o início, trocar um velho hábito por um novo e melhor. Enfim, desatrofiar e desafiar as nossas idéias.
O mundo hoje precisa de menos gênios e mais loucos.
Portanto, sem cortar as asinhas da geração que irá cuidar da gente, ok?
Ta bom, hoje acordei meio viajandão. Normal.
Bon weekend!

PS: Theo Jansen também participou de uma palestra no TED. Lá tem muito material e idéia bacana. Boa pedida pra esses dias de bastante vinho e cobertor. Ficadica.