domingo, 20 de novembro de 2011

O preço do amanhã

Ontem fui assistir esse sci-fi. Muito fera e recomendo.
No roteiro, um mundo onde conseguiu-se isolar o gene do envelhecimento, sendo que aos 25 anos você não fica mais velho, porém tem apenas mais um ano de vida, mostrado numa ampulheta high-tech sob a pele. O tempo vira moeda de troca. Trabalham, comem, roubam e vivem em função do tempo. Quem é rico vive mais. Quem não tem condições vai pro saco, evitando-se assim a superpopulação do planeta. Segue o trailer:

Não fomos feitos pra viver pra sempre...
Sem entrar muito em detalhe sobre o que se passa, o estilo robinhoodiano moderno, a crítica a Wall Street e a intolerância e egoísmo das pessoas passam mensagens interessantes.
Eu tenho a sensação de que o mundo está piorando. Tudo na história foi cíclico e nunca houve um sistema que convergisse para uma situação de equilíbrio. Para se construir algo novo, temos que destruir o que já existe.
Vi essa entrevista do Eduardo Galeano (gênio) onde ele consegue falar da bagunça atual de forma simples e natural.

Vivemos num mundo ao contrário?
Não acho que seja complicado enxergar isso, mas nem todos conseguem.
"It seems that our brave new world is becoming less tolerant, spiritual and educated than it ever was when I was young." (Lemmy Kilmister)
Se ele tá falando, e pra parar pra pensar mesmo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Destinación Colômbia!

“Que porra você vai fazer na Colômbia???”
Isso foi o que eu mais ouvi depois do típico “jajá estou de férias e indo pra Colômbia...”
Os únicos otários brothers que toparam a trip foram o Rob Marini e o Thiago Guinzani, parceiraços.

los tres amigos...

Encontramos todo o tipo de gente, europeu, americano, australiano, etc etc, viajando a 3, 4 meses....1 ano... mais uma vez percebo que os filhos da pátria canarinho viajam muito pouco...
A Colômbia é um país muito bacana. Começando pelo clima. Dá pra escolher. Bogotá faz frio. Se quiser um clima mais ameno, vá a Medellín. Cartagena, na costa caribenha é a colônia de férias do capeta. Como lá fica mais ou menos na linha do Equador, ou sejE, não há verão ou inverno, a temperatura é meio que guiada pela altitude.
Decidimos começar nossa viagem por Bogotá, cidade grande, trocentos milhões (mijônes! haha) de habitantes, museu do ouro (do roubo), Monserrate...nada tão mais impressionante pra quem conhece São Paulo. Destaque do lugar, por unanimidade, Andrés Carne de Res. Tem que ir pra ver. Difícil explicar.
De Bogotá city fomos a Cartagena (deveria se chamar CartaHELL). Já tinha passado calor na vida, mas nada igual ao que vi lá. O calor incomodou tanto que resolvemos abortar 4 dias de Cartagena e ir pra Cali (planejamento 100%).

vida mansa...

Apesar do clima, Cartagena é sensacional. Foram construídas muralhas pra proteger a cidade, no tempo que ainda era colônia espanhola. Naquela época o pau comia solto. Antes mesmo dos espanhóis chegarem, a indiada que morava lá já quebrava o pau. Interessante que quando tinha uma batalha, os vencedores comiam os mortos. Não sabia, mas a palavra “Caribe” vem da palavra “canibal”. 
Cartagena

De lá, fomos pra Cali, cidade grande e um pouco feia. Valeu a pena pelo albergue que ficamos, o zoológico e o jogo do Deportivo Cali. A nossa idéia era seguir pra Medellín, mas pra quebrar um pouco da viagem (10 horas), decidimos parar e ficar um dia em Manizales.
Cidadezinha interessante essa! Já que estávamos perto, seria uma boa idéia ir no Nevado El Ruiz, um vulcão de mais de 5000m, pertinho dali. Teria sido legal, mas deu crepe no dia porque tava chovendo e muito provavelmente a gente não ia conseguir ver nada. Paciência...

mongolóide típico que se encontra na rua...
 
A próxima parada foi Medellín. Lá antigamente a taxa de homicídios era altíssima por causa do tráfico de drogas, mas hoje é bem tranqüilo. Outro detalhe inusitado é que parece que você está dentro de um comercial de cabelo. A mistura de índio com espanhol ficou boa nesse sentido.
O que mais gostei foi conhecer a história do cartel e do Pablo Escobar. Naquela época existia cerca de um milhão (gente pra caralho!) de pessoas envolvidas com o cartel. É mole? Neguinho colocava bomba em avião civil pra matar UMA pessoa que estava a bordo. Sinistro.
Fizemos um passeio que você vai até à casa do irmão do Pablo, encontra com o cara, toma um café e escuta umas estórias. Ele está meio surdo e com os olhos um pouco zuados de uma carta bomba que recebeu. E adivinha o que ele é? Engenheiro. Chegou a fazer até submarino pra ajudar o irmão a enviar droga via marítima.

Yo y Roberto!

Em segundo lugar foi o albergue. Recomendo! Tiger Paw hostel. Vende uma cerveja artesanal no lugar (3 Cordilleras, de Medellín mesmo). As chicas que tomam conta do lugar são bem simpáticas e não deram muita bola de ter que toda hora deixar o que estavam fazendo pra servir copão de chopp pra gente...hehehe. O mais legal era todo o bar em dobro das nove às dez da noite. Na última noite a gente pediu 8 cervejas faltando 5 minutos pra acabar...eu o Robinho ficamos com uma fila de copão de cerva pra beber. E demorou duas horas. Mas a cerveja é tão chic que mesmo quente, vai fácil.
Fim das contas, saldo positivo (tirando o bolso e fígado) na terra de Pablo Escobar, cocaína, Botero, Sharika e Valderrama. Às vezes vamos pra tão longe e ignoramos quanta coisa legal pode ter logo ali ao lado....
Hasta luego!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lá no interiÔr

Esse blog já tá criando teia de aranha. Credo.
Estou com o ombro operado. Daí o fato de não escrever. Aliás até já falei disso aqui...faz uns dias que ganhei uns pinos de titânio (acho que agora devo estar valendo alguma coisa, certo?).

olha o estrago...

Pois bem...como é cumpricado ter só um braço (e digitar só com uma mão!). Mãe e namorada nessas horas ajudaram muito.
Pra não ficar tão chateado, meu alento foi um camarada que caiu numa fogueira (?) e queimou os dois braços, ficando com as duas mãos enfaixadas e inutilizáveis. Bunito né? Até pra limpar a bunda ele precisa da ajuda da mãe...tadinho.
Enfim, to tentando me acostumar com essa vida de semi-aleijado e ficar parado (coisa que não consigo).
Logo depois da cirurgia, fiquei uns dias em Black River. Cidadezinha da boa essa....no inverno então, delícia. Bem diferente da colônia de férias do capeta que ela vira quando ta calor...
Eu sei que sou caipira mesmo. Não escondo. E gosto de lá.
Foi numa manhã dessas (uma terça-feira acho) que acordei, enchi uma xícara com o café da mãe e saí no portão pra encontrá-la, ela estava aguando as plantas e lavando a calçada.

“Bom dia mãe!”

“Bom dia meu querido!”

(Já perceberam que certos “bom dias” realmente deixam nosso dia melhor?)

E ali fiquei. Parado, de bermuda e chinelo, experimentando um solzinho tímido de inverno. 
Dois minutos se passaram e apareceu um tiozinho na minha frente, com um espelho na mão. Como se eu fosse seu amigo, chegou falando do espelho, que conseguiu numa construção “lá na rua de baixo” e que a dona da obra, uma advogada muito gente fina, deu autorização pra ele pegar algumas coisas pois uma parede ia ser derrubada etc e tal. Fiquei sabendo que ele teve herpes no rosto e que foi difícil curar. Até a feição dos médicos perante o caso ele descreveu. Ofereceu-me um elástico de exercício pro ombro, pra quando eu puder movimentá-lo novamente, pra passar na casa dele e pegar a parada. E se não estivesse lá, era só conversar com sua mãe. Mas pra não chegar perto do almoço, pois o café não estaria fresco, ou corria até mesmo o risco de não ter café.

Assim fiquei alguns minutos, sem dizer uma palavra praquele cara que acabava de conhecer e já era meu amigo.
Achei o máximo suas histórias e fiquei pensando no fato das pessoas não se importarem umas com as outras e como o mundo seria um lugar bem melhor se apenas acontecesse o contrário.
Parece simples, né?
Tem coisas que só acontece no interior mesmo...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Roça'n'Roll

No último feriado subimos pra Varginha Rock City na 13ª edição do Roça’n’Roll. Recomendo!
Eu, Tiziu, Bistrica e Alambique saímos na quinta logo depois do almoço, não conseguindo chegar (claro que ia começar dando errado) no camping durante o dia pra armar as barracas tranqüilamente.

 Good morning roçers!

Esse rock na roça é tipo um Wacken versão caipira e este ano foi a primeira edição que aconteceu durante todo o feriado. Antes era somente sábado. O porquê de Varginha eu não sei...dizem que lá é famoso pelo ET mas no feriado tinha pelo menos 4 lunáticos que são de São Trevas dos Campos mesmo.
Bandas como Dr. Sin, André Matos e Cathedral foram algumas que se apresentaram, além de outras nem tanto conhecidas por mim. Na verdade, só os shows não chegaram a representar o evento em si, já que a parte da zueira no camping, barzinho da roça e as desaventuranças da galera foram autênticos shows à parte.
Durante o dia o clima era agradável pra derrubar uma cerveja ou pinga/whisky/tequila (sim, a gente levou tudo isso...e bastante) no barzinho do camping, um simpático casebre que abrigava ao mesmo tempo cães sarnentos e metaleiros, além de vender pão de queijo a módicos R$0,30. Captaram? TRINTA CENTAVOS! Show. 
A parte ruim (e engraçada) foi a experiência de quase morte.
Estava voltando sozinho do show de sexta-feira e havia uns 300 metros pra andar no meio do pasto. Não havia luz nenhuma, apenas um poste na área do camping, que ajudava um pouco a ofuscar a visão e confundir o caminho.
Como sou campião demais, dentre as possibilidades de acertar ou errar o caminho, fiquei com a segunda e acabei saindo um pouco da trilha, percebendo isso quando afundei o meu pé num brejo (tinha um rio perto). Tentando sair do atoleiro, ao tentar me virar, o pé na lama não acompanhou e tomei a primeira queda. Que desespero. Sem enxegar nada, tentando sair, o pé afundava e se safar ficava cada vez mais difícil. Depois de cansar de cair, rolar, mergulhar e afundar naquele pântano, finalmente consegui sair, 100% molhado e enlameado. Dormir (ou pelo menos tentar) desse jeito na barraca foi outra emoção. Frio dos inferno.

 Cuidado com o caminho de volta...

Passando a régua, mesmo quase tendo morrido, o Roça’n”Roll foi nota dez! Ficar 3 dias escutando metal all-the-time, sem tomar banho e escovar os dentes (fui perceber que tinha esquecido minha escova de dentes no sábado, acontece...), bebendo com os camaradas e sem preocupação nenhuma dá uma arejada legal nas idéias.
Pra fechar, uma música massa de uma banda foda:




PS: lá no Roça não teve a palhinha do Silvio Luis. Que pena.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Penso, logo insisto

Encarar a segundona braba já é cruel quando estou bem. Doente então, judia.
Eu até pensei em escutar o “você tem certeza disso?”, mas era tarde demais...cachoeira é difícil de resistir....


 Bão (e gelado) dimais...

Capricorniano já é teimoso por natureza (ô racinha!) e eu não fugi da regra, certo? Agora agüenta e não reclama.
Mas essa teimosia ou obstinação (que na verdade são a mesma coisa, só que uma é boa e a outra ruim...hehe) sempre me fez ir atrás do que acho que é certo, batendo a cabeça muitas vezes. Por outro lado devo a ela o que ganhei até hoje. Fair enough...

No fim das contas essa gripe nem de longe acaba deixando esse dia menos espetacular, tudo valeu muito a pena.

Só um pouco de vitamina C e chá e logo mais tô pronto pra molhar a cabelera na água gelada de novo...

Simples.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Idéias, criatividade e brincar de ser deus

Esse frio tá foda. Queria um chuveiro que me lavasse sem me molhar e um banheiro menos gelado. Como?
Até onde posso seguir fazendo o que realmente importa? (no bom e velho érreagaês, “fazendo a diferença?”)
Hoje em dia ouço falar muito em inovar, ousar, etc e vejo exatamente o contrário...pessoas quadradas vivendo no seu mundinho cartesiano.
Outro dia parei pra observar as crianças. Como são feras! Na infância nem precisamos de álcool (ou qualquer coisa de sua preferência) pra dar uma lubrificada nas idéias. Acho fantástico quando elas simplesmente não aceitam o “não” como resposta (talvez quando for a minha vez de ser questionado eu não me empolgue tanto assim, vai saber).
E à medida que elas vão crescendo, a gente MATA toda essa criatividade (que um dia também já existiu em nós) ensinando todos os porquês e que um mais um vai ser sempre dois. Na escola aprendem que as coisas têm uma só resposta (aquela que fica no final do livro) e ponto. Pra mim isso é ainda mais evidente pelo fato de ser engenheiro (eu sei, ninguém é perfeito), porque vivi num ambiente mais quadrado ainda. Mas acho que nem fiquei tão zuado depois disso, pois acreditem, com curso sinistro do jeito que é e a escassez de mulher na turma somada à quantidade de criaturas amigos bizarros certamente tinha que resultar em terapia (ainda não precisei).
Com tudo isso, chega a ser, no mínimo, contraditório ser cobrado pra fazer diferente. Tô errado? (ou tá tudo errado???)
Agora, olha só este tiozinho. Seu nome é Theo Jansen, um holandês de sessenta e poucos anos. Sobre sua ocupação, ele mesmo diz: “eu tento criar novas formas de vida. Isso me ocupa 24h por dia”.



"The walls between art and engineering exist only in our minds."

Num primeiro momento, você pode até pensar “esse cara tá de brincadeira” ou “pra que fazer isso?”.
É justamente com essa liberdade de pensamento e propósito que essas pessoas podem influenciar o que existe ao seu redor. Leonardo da Vinci criou um monte de coisa que estavam ainda longe de existir na época. A cabeça dessas pessoas é livre. Tem sonhos, como as crianças.
Essa é a quebra de paradigma que extrapola a falta de conteúdo e o modismo de falar “vamos inovar”, é o agir fora da caixa e realmente transformar o mundo para que este nos sirva, e não o contrário.
Será que conseguimos ser um pouco assim? Fazer o outro caminho depois do trabalho, uma coisa nova no fim de semana, tomar café com a mão esquerda, ler o capítulo 3 primeiro e depois começar o livro desde o início, trocar um velho hábito por um novo e melhor. Enfim, desatrofiar e desafiar as nossas idéias.
O mundo hoje precisa de menos gênios e mais loucos.
Portanto, sem cortar as asinhas da geração que irá cuidar da gente, ok?
Ta bom, hoje acordei meio viajandão. Normal.
Bon weekend!

PS: Theo Jansen também participou de uma palestra no TED. Lá tem muito material e idéia bacana. Boa pedida pra esses dias de bastante vinho e cobertor. Ficadica.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Marketing fera

Não deixei o blog empoeirado esses dias porque achei que o mundo ia acabar (bando de crente burro), mas porque simplesmente às vezes não dá e ponto. Trabalho, cerveja, estudo, futebol, música e um pouco de vadiagem tomam um tempinho.
Recebi uma mensagem de uma pessoinha ímpar esses dias dizendo “seu blog ta necessitando de um post polemico/machista hein, to querendo rir um pouquinho, faz tempo que você não escreve...”
Não interpretei como EU sendo machista, mas sim como o machismo existindo continua ou intermitentemente no mundo, assim como sua vertente oposta ou qualquer outra além destas.
Curiosamente recebi esses dias este anúncio de um condomínio, desses que deve ser pra mais de R$5k o metro quadrado:

WTF...?

Acho que a idéia desse anúncio foi de um homem. Não botando em cheque a capacidade dos marketeiros, mas de fato a mulher influencia muito mais o homem em decisões sobre onde morar, quais móveis comprar, as cores, pisos e como preparar aquele quarto de hóspede (que você imaginou colocar seus instrumentos e um home theater) para a visita da mãe dela, que deve acontecer uma ou duas vezes no ano (se deus quiser, não mais do que isso).
Não acho errado a mulher ficar em casa, e desde que algumas revoltadinhas mal-comidas resolveram queimar os sutiãs na rua, elas começaram achar que podem também abraçar o mundo. Querem estudar, trabalhar, fazer carreira, ser mãe e educar os filhos. É um puta trampo, sendo que este geralmente acompanha crises e xiliques. Não preciso falar em quem colocam a culpa, certo?
Mas a mensagem vai além disso. Não diz respeito à mulher trabalhar fora ou ser dona-de-casa (que aliás é uma responsa e tanto), nem sequer machismo ou feminismo, e sim à essa irrefutável (e crescente) influência feminina.
Antigamente era diferente. A palavra era nossa e ponto final.
Só que então juntaram-se sutiãs queimados, Lei Maria da Penha e um certo mimo excessivo na educação das garotas. E sabendo disso, somos coniventes e assistimos de braços cruzados.
Melhor assim, dá muito mais trabalho ficar discutindo com elas.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um pouco da banda

Tá certo que a banda não está de vento em popa como todos gostariam, mas é um pouco complicado mesmo alinhar a vida pessoal dos quatro (eu, tati, brunão e isoni) com trabalho, férias, finais de semana, estudos, etc. Em junho as coisas melhoram, teremos os dias da semana. Banda não é brincadeirinha e minhas experiências anteriores corroboram o fato. Todos precisam falar a mesma língua...
No final de semana fomos tocar em Caçapava numa baladinha nova, muito legal fazer som e ainda estar no meio de um monte de amigos! Sem contar que uma cerveja ou outra antes de começar dá uma animada, mas quando acaba a gente ta zero novamente e a galera tudo doida, quase rasgando dinheiro. (cadê o botãozinho “Furlan curtiu isso”?)


Num é lá essas coisas mas a gente se diverte

Os piores (e mais engraçados) momentos vou deixar pra lá, pois incinera ainda mais o filme dos camaradas. (do palco rola uma visão legal das presepadas e galhofas dos caras!)
No mais, como diria o brother do Rob, tocar é igual andar de bicicleta: é massa!

“I went to my friend's house one day, and he had an electric guitar he had just bought with a tiny little amp. I turned the volume up to 10 and I hit one chord, and I said: I'm in love.” (Ace Frehley)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Moto-cabeça

Sábado fomos pra sampa no via Funchal ver o Motörhead! (como dizem os alemães, “Motêurhead”)
Num dá pra descrever o quanto estava bom. Demais!
Já tinha visto os caras em 1996, mas naquela época foi no Pacaembu, tava longe do palco...
Desta vez estávamos em 7 camaradas, deu pra ficar perto, dar porrada, tomar porrada (rodinha, claro!), tomar um caminhão de cerveja antes e outro depois. Essa é uma das partes boas de sampa...buteco bom e rock’n’roll de qualidade (aqui na roça o único lugar que lota é uma baladinha sertanejo, credo).
Os caras são foda e ponto. Desde 1975 fazendo sonzera. Antes de dar o play, coloca o volume no talo!

“we are Motörhead....we play rock’n’roll”

Ian Lemmy Kilmister é um cara que respeito. Não só porque está detonando com 65 anos, toma uma garrafa de Jack Daniels por dia e fuma 4 maços de Marlboro vermelho. O que eu acho legal é que nunca mudou o estilo e prova que rock’n’roll não precisa ser complicado pra ser legal. Simples e direto. Um tapa na oreia.
Motörhead é tóxico. Vicia. Não dá pra parar de ouvir.

“everything louder than everything else”

E depois do show encontramos o Mikkey Dee no Manifesto, tava vazio, deu até pra trocar idéia!
Mikkey Dee: "[...] at the stage he (Lemmy) came to me and said if you don't play slower i swear i leave the stage! YOU ARE FUCKING KILLING ME!"

E o cara tava um trator mesmo.

Enfim, um final de semana show!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vai entender...

Futebol é religião e isso não se discute. Gosto de pegar exemplos das quatro linhas e comparar com a nossa realidade.
Fiquei assustado com o tamanho da pança do Adriano. A foto do lado do Ronaldo parece que foi tirada numa sessão do vigilantes do peso. Não é à toa que o diário Hermano caiu matando a pau:

 dupla de peso...

Nada contra o Corinthians (na verdade, tudo....mas deixa pra lá), o fato é que isso mostra um pouco do valor do nosso povo. O cara pra ser ídolo tem que ser FODA (?). E só.
Beber, andar com traveco, viver na balada, ser gordo (pra quem vive da bola...) não pega nada. Balançando a rede tá tudo certo.
Veja o Rogério Ceni, por exemplo (não é porque sou sãopaulino mas ilustra bem isso). O cara ficou a vida toda no São Paulo, coisa impossível difícil hoje em dia. Soube esperar sua hora (ficou um tempão na reserva) e antes de cobrar a primeira falta em um jogo, já tinha treinado ao menos quinze mil chutes de bola parada. Sabe falar, nunca foi visto fazendo bagunça e dentro de campo é uma referência pro time. É profissional.
Com tudo isso, ganhou a fama de “chato”. Vai entender.
Só pode ser coisa de brasileiro mesmo, idolatrar a figura do anti-herói. Tem que ter malandragem, levar vantagem em tudo. Lei de Gerson!

exemplo de “o cara” para o brasileiro

É por isso que Tiriricas, Lulinhas, Frank Aguiar, Clodovil e toda turminha da pizza deita e rola e o país tá na merda.
Foi mal o desabafo, às vezes acordo de saco cheio mesmo.
Pra fechar, o que pra mim significa "o cara":

Aí sim!

E sábadão tamo lá!
"The chase is better than the catch" (Lemmy Kilmister)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre casamentos e encalhamentos

Perguntinha que me fizeram dia desses:
"Você que é cheio das explicações, por favor esclareça:
Nessa semana descobri que minha prima e que uma das minhas melhores amigas vão casar - não uma com a outra, tá???
hehehe
cada um com o seu....

what the fuck is going on??
será uma epidemia??"

Não sou seu analista (e não ganho por hora), mas vou responder comentar essa pergunta, mais batida que The Blue Lagoon na sessão da tarde (vai falar que você, garotinho juvenil, não se imaginava com a Brooke Shields naquela ilha deserta?).

"Você que é cheio das explicações, por favor esclareça:"
Não sou cheio de explicação, não. Sem florear, gosto de ir direto ao ponto. Faca no nervo.

"não uma com a outra, tá???"
Tranqüilo, já falei nuns posts lá pra trás que o mundo tá acabando mesmo. Pelo menos a perguntante já me alertou de antemão.

"what the fuck is going on??será uma epidemia??”
Agora sim. Você deve estar vendo todas suas amigas casando enquanto você roda na dança da cadeira, com medo de sobrar no final. Sim, mulher (não todas, uns 99%) tem pavor de acabar ficando sozinha. Até lembrei daquela historinha, o menor conto de fadas do mundo:

"Era uma vez um rapaz que pediu a uma linda garota:
- Você quer se casar comigo?
Ela respondeu:
- NÃO!
E o rapaz viveu feliz para sempre, foi pescar, jogou futebol, conheceu muitas outras garotas, visitou muitos lugares, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava grana, bebia cerveja com os amigos sempre que estava com vontade e ninguém mandava nele.
A moça teve celulite, varizes , os peitos caíram e ficou sozinha.
FIM
." (autor desconhecido)


Relaxa, pois se bater o desespero, fudeu. Vai virar aquelas malucas que atropelam todo mundo pra pegar o buquê (costumo dizer que depois dos 30, o buquê tem o efeito inverso).
É normal. Vocês vão ficando mais vividas, já passou a fase de querer se dedicar 100% à carreira e se sentem no momento de se realizarem como mulher (ou seja, mãe). Agora que conseguiu um cara bacana, vai aproveitar e fisgar o rapaz, que deve estar (momentaneamente) cansado dessa vida de balada. Além do mais, casamento é a maneira mais aceita socialmente para a mulher ter um filho.
Outra possibilidade (menos provável) é que suas amigas tenham encontrado o verdadeiro amor, a “tampa da panela” (eu acho idiota esse termo).

Exemplo de amor sincero e sem interesse

Se suas amigas estão te abandonando, não há motivos pra ficar indignada. Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos, a taxa de divórcio triplicou no Brasil. Logo, não se espante se a pombinha de hoje voltar a ser a sua parceira de bagunça amanhã.

Só tenha em mente que o príncipe encantado não existe. E a escolha é sua: arrumar alguém para tretar pelo resto da vida (afinal essa é a idéia, né?) ou ficar sozinha. Tá bom, vai....tem gente que se diverte nesta segunda opção. Afinal de contas, quando se está feliz a gente esquece qualquer coisa.

 the blue or the red pill…?

Boa sorte.

"Casar-se significa duplicar as suas obrigações e reduzir a metade dos seus direitos."(Arthur Schopenhauer)

sexta-feira, 25 de março de 2011

10 coisas que eu odeio em você

Dia desses me diverti (em silêncio) escutando a conversa de umas amigas que estavam reclamando dos defeitos dos homens (papo bem original, não?). Fiquei entretido e depois fui procurar se existia alguma fonte ou compilação das nossas manias que mais as irritam. Pasmem, encontrei rapidinho e justo na Bíblia do Apocalypse contemporânea.
Sendo assim, aqui vou eu em defesa dos direitos da nossa raça:

  1. A dificuldade em usar o telefone – você conhece um cara na balada, ELE pede seu número, você dá, mas nunca mais recebe nem sinal de fumaça do rapaz. Se ele não ia ligar, por que pediu seu telefone?
Vários motivos podem levar a esse comportamento. O sujeito simplesmente desistiu de te ligar, pois você “não deu liga” suficiente e ele prefere ligar para outra que seja garantida e que dê menos trabalho que você. Ou o cara estava bêbado e no dia seguinte a cachaça foi embora junto com a empolgação que você causou outrora. Costumo dizer que os dois bichos mais rancorosos do mundo são a mulher e o pobre. Se não ligou, desencana e a tua fila anda, meu bem. Simples assim. Se o cara quer, ele liga e pronto.

  1. Comentar sobre outras mulheres na nossa frente – não é divertido. Se o seu namorado viu uma morena de arrasar quarteirões, é melhor que ele guarde esse comentário para si.
Qualquer portador de cromossomo Y sabe que isso não se faz e deve ser deixado para o poker da quarta-feira ou quando não há presença das senhoritas por perto. Provavelmente você tem um Neanderthal ao lado. Azar.

  1. Mudar quando passa o começo do namoro – eles estão apaixonados, querem agradar, acostumam a gente a mimos, mensagens, carinhos e chocolates. Mas, depois de um tempo, se esquecem do quanto isso é importante e acabam deixando a gente superdesapontada.
Qual parte você não entendeu? Já falou: apaixonados. Não se iluda só com paixão. Com o passar do tempo todos os seus defeitos começam a ficar evidentes e a paixonite vai embora.

  1. Fofoca com os brothers – já ouvi de vários colegas de faculdade e colégio, que nem eram assim tão amigos meus, detalhes superíntimos de namoros e ficadas. Se eu, que não era nem um pouco íntima fiquei sabendo, imagina aonde os rumores chegaram….
Não é bom generalizar. Se o cara está num relacionamento, curte a garota e rola um respeito, diria que não acontece. Se ambos estão no mercado e colocam a faixa do rambo toda vez que saem de casa, pode ser. E não vem com esse papinho de vítima porque mulher igualmente fala pra caralho. Quiçá até mais.

  1. Paquerar um grupo todo de amigas – na balada, você está em roda com as amigas e  um cara chega em uma delas, ela dispensa. Ele vai embora e se retira com dignidade? Não, ele tenta, imediatamente, ficar com a amiga ao lado.
Taí um cara de respeito, praticamente o William Wallace da balada. Eu não tenho essa moral. Futebolisticamente falando, perdido por um ou perdido por dez, tanto faz. Próxima, vai.

  1. Falta de compreensão à TPM – não é você, são os seus hormônios! Por isso você fica chata, chorona, mal-humorada, carente… custa ter um pouquinho de compreensão?
Tenho que concordar. Mas só uma dica: abre uma caixa de bombom, deita no colo do seu namorado e deixa ele assistir futebol. Também não temos culpa sobre os seus hormônios.

  1. Não lembrar do que você fala – faz semanas que você lembra o querido que no próximo sábado vai acontecer a Festa de Bodas de Ouro dos seus avós e a família toda faz questão que ele vá. Ops! Ele marcou de jogar futebol com os amigos na mesma hora…
Até hoje nunca vi casal andar amarrado. Além disso, o homem tem o ouvido seletivo: quando você fala, provavelmente ele está pensando em levar o carro pra lavar sábado de manhã, se a cerveja na geladeira já está gelada, se pagou o IPTU ou se deixou comida e água pro cachorro. Palavras como cerveja, sexo ou churrasco podem desviar a atenção dele e fazer com que ele te escute, ainda que momentaneamente.

  1. Falta de paciência – por que eles ficam tão irritados de esperar enquanto nos arrumamos justamente para sair com eles? Alguém por acaso gosta de se depilar?
Dá uma cerveja gelada pra ele e deixa um DVD do Deep Purple tocando que o cara se distrai. Se ele é naturalmente irritado, isso é problema seu e não de todo homem.

  1. Quando não dizem nada – o pior é quando, depois do item anterior, de fazer as unhas e escolher um vestido que você sabe que ele gosta, ele não repara em nada e muito menos diz como você está bonita.
É comprovado que as mulheres necessitam falar em média TRÊS vezes a mais que os homens por dia. Também é verdade que o cara pode estar puto pensando onde ele vai estacionar (pois devido à sua demora ele vai ter que deixar o carro com flanelinha) e vocês vão chegar atrasados ou que ele poderia ter demorado um pouco mais pra passar e te pegar, o que teria dado tempo de terminar de assistir o segundo tempo do jogo. Nessas horas a gente tem que ser dissimulado e elogiar. Você está certa. Dizer que ta cheirosa, linda ou que vai ser a mais bonita do lugar. Mas se você tem um cortador de cana do seu lado, está generalizando um problema que é exclusivamente seu. Ema ema ema.

10.  Como conseguem ser irritantes e apaixonantes – apesar de todos os itens anteriores, é preciso reconhecer que a vida pode ficar mais feliz quando temos um cara legal ao lado – mesmo que ele te deixe irritadíssima às vezes.

É isso mesmo. Reclama, reclama, mas no fundo gosta. Vai entender.

 
Fica assim não...


Sem mágoas, ok?
Afinal de contas a gente não consegue viver sem vocês...


segunda-feira, 14 de março de 2011

Tempos (infelizmente) modernos

Este final de semana não saí a noite (fato inédito). A parte boa foi encontrar os amigos pra fazer churrasquinho (fato não inédito) e curtir um domingo animal de sol (fato raro).
Inevitável não ficar relembrando as presepadas e os momentos mais engraçados do carnaval. Dá até preguiça de escrever (daria muitos posts) ainda que fica mais legal quando contado ao vivo.
Acabando o assunto, começaram a lembrar dos maus momentos. Sim, estes também fazem parte.
Pra começar, nosso quarto. Não podia abrir as janelas, as mesmas ficavam o tempo todo com uma tranca bruta. Se ficassem abertas, neguinho da rua passa e afana suas coisas. Tá bom, Brasil né...
O cenário se agrava quando 16 camaradas estão alojados e chove o tempo todo. É roupa molhada pra todo lado (pior é a quantidade de meia molhada, acreditem). Bom, já deu pra sacar como fica um ambiente hermeticamente fechado nestas condições. Teve até um elemento que virou 7 pingas pra conseguir entrar no quarto e dormir. Comédia.

entrada do nosso quarto (não queira saber o que há lá dentro)

No fim das contas o quarto até foi engraçado, afinal adoramos tirar sarro das desgraças.
Mas o pior foi receber cantada (de homem, claro).
Que fique claro que não tenho preconceito algum e acho que o mundo é grande demais e tem espaço pra todo mundo se divertir. Acomoda todos os gostos.
Lá deparamos com uma quantidade grotesca de pessoas de preferência sexual não-usual e uma praça que quando acabava a festa, virava feira da fruta. Era banana com banana, maçã com maçã, maçã com 3 bananas e por aí vai...
Mas se ficasse só no verbal, beleza. Foda é te puxarem pelo braço, chegar junto, credo. Rolou até um 100m rasos nessa hora. Imaginem um cabeludo de 1,88m correndo por aquelas ladeirinhas de pedra. Patético.
Quando eu comecei a curtir carnaval não me lembro dessas coisas. Este ano fiquei surpreso como está cada vez mais comum.
Sei lá...vai ver é desse jeito que o mundo tá ficando mais moderninho. Prefiro parar no tempo.
Nessa hora eu faço a mesma pergunta quando vou ao shopping (lotado) de sábado à tarde: “Onde nós vamos parar...”
Bom, passando a régua (e a raiva): 666 coisas bacanas x 2 coisas ruins.
Saldo positivo.
É nóis.

quarta-feira, 2 de março de 2011

7 considerações para o carnaval não virar programa de índio

Alalaô Ooô Ooô!
Mais que calô Ooô Ooô!
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava forte e queimou a nossa cara...

Aproveitando o final de semana pra separar umas coisas pra levar pra viajar e já vêm na cabeça uma carriola de coisa que não tem como levar na mala...pra que o seu carnaval seja animal, tenha em mente:

1) A galera...
Não importa se você vai praquele lugar fodástico estilo Polinésia, Caribe, Nordeste, etc, se não estiver com  boas companhias e amigos de verdade. Se você bobeou e não se programou e isso foi o que te sobrou na última hora, com aqueles amigos do seu primo que amam levar livros cabeça, jogar RPG e abraçar árvore, qualquer paraíso pode virar um inferno. 

 vamos quebrar tudo???

2) Praia?
Carnaval com praia animal e galera ponta firme é quase certeza de sucesso. SE não começarem entrar ruídos... Deixaram logo pro nego mais prego ver o aluguel da casa, que ele jurava ser a 100m da praia. E mais, pra chegar numa praia massa, sem farofa, só de carro.... Mas o que num dia normal levaria 10 minutos, no carnaval e com toda a estrada parada leva 2 horas (ou mais)...isso sem contar com o pessoal que para a nave no acostamento (geralmente com aqueles adesivos “nem me viu” ou “aqui só entra filé”) e deixa o funkão rolando. Leve em conta filas e filas em banheiro, padaria, restaurante, falta d’água, etc e rapidinho você vai preferir estar sentado no sofá da sua casa vendo o desfile na globo (plim plim!).

 em teoria os dois dão praia, certo?

3) Use camisinha
Fala por si, ok? Vamos ajudar a diminuir a natalidade em novembro e a quebrar o fabricante do Canesten!

4) Foliões
Essa porra é uma festa popular e quem está do seu lado pode ter a melhor intenção e a pior personalidade (ou vice-versa, vice-vice, versa-vice...) possível.
Tem gente que só sai de casa para brigar, por exemplo.
E quem se acha o malandrão, cuidado. Não faça como o carinha do vídeo. Olha a cara de tacho do idiota:

Sim, bastante fanta vira uva nessa época...

5) Cachaça
Com anos de balcão, mesas, churrasco, baladas e etc, agüentar 5 dias não é fácil (ainda mais com a idade dando as caras). O básico já resolve: água de vez em quando, não esquecer de comer e gatorade de manhã se precisar. Colher de azeite, protetor de fígado, etc pra mim não funciona. E claro, limites. Bolso e carteira de bêbado (melhor assim) não tem dono.

6) Não seja "José Manuel"
Muito provavelmente você não vai precisar do seu CPF, título de eleitor, cartão de crédito, crachá, cartão do condomínio, talão de cheque, foto da sua avó, mãe ou namorada quando estiver curtindo. Deixe isso, carteira e tudo mais na sua mochila e leve o que for gastar e no máximo o RG ou carteira de motorista (cópia autenticada já é black belt...)

7) Relaxa!
Ninguém vai levar ninguém a sério mesmo, então não esquenta a muringa e deixa o foda-se apertado até a quarta-feira de cinzas.
Dizem que o ano só começa este dia mesmo.

Abraços!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

De volta


Voltando de férias... 4kg a menos (já recuperados), um ano mais velho, cabelo cortado e preguiça de escrever.
Vai entender: quando o cabelo está comprido, te chamam de boneca. Quando curto, de NXZero. Foda-se.
A parte ruim das férias é voltar pro mundo real. Tá duro.
Mas o balanço foi positivo. Coisas boas: sumir pra longe, a parceria, cordeiro patagônico e vinho bom e barato. Poucas coisas ruins como a desorganização dos argentinos e a manifestação no sul do Chile. Essa pegou a gente de surpresa. Estradas, fronteiras e aeroportos bloqueados. Pra ficar chic, estávamos num parque nacional, isolados. Se liga na favela armada pra se proteger do frio e vento:

 lar, doce lar...

No fim das contas, já que tava tudo bloqueado mesmo, o jeito foi ir pra Argentina a pé! Tranqüilo pra quem tinha acabado de fazer uma trilha de 76km em Torres del Paine.

afinando as canelinha...

Depois conto um pouco da parte boa, sem zicas!
E vamo que vamo.