segunda-feira, 18 de abril de 2011

Moto-cabeça

Sábado fomos pra sampa no via Funchal ver o Motörhead! (como dizem os alemães, “Motêurhead”)
Num dá pra descrever o quanto estava bom. Demais!
Já tinha visto os caras em 1996, mas naquela época foi no Pacaembu, tava longe do palco...
Desta vez estávamos em 7 camaradas, deu pra ficar perto, dar porrada, tomar porrada (rodinha, claro!), tomar um caminhão de cerveja antes e outro depois. Essa é uma das partes boas de sampa...buteco bom e rock’n’roll de qualidade (aqui na roça o único lugar que lota é uma baladinha sertanejo, credo).
Os caras são foda e ponto. Desde 1975 fazendo sonzera. Antes de dar o play, coloca o volume no talo!

“we are Motörhead....we play rock’n’roll”

Ian Lemmy Kilmister é um cara que respeito. Não só porque está detonando com 65 anos, toma uma garrafa de Jack Daniels por dia e fuma 4 maços de Marlboro vermelho. O que eu acho legal é que nunca mudou o estilo e prova que rock’n’roll não precisa ser complicado pra ser legal. Simples e direto. Um tapa na oreia.
Motörhead é tóxico. Vicia. Não dá pra parar de ouvir.

“everything louder than everything else”

E depois do show encontramos o Mikkey Dee no Manifesto, tava vazio, deu até pra trocar idéia!
Mikkey Dee: "[...] at the stage he (Lemmy) came to me and said if you don't play slower i swear i leave the stage! YOU ARE FUCKING KILLING ME!"

E o cara tava um trator mesmo.

Enfim, um final de semana show!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vai entender...

Futebol é religião e isso não se discute. Gosto de pegar exemplos das quatro linhas e comparar com a nossa realidade.
Fiquei assustado com o tamanho da pança do Adriano. A foto do lado do Ronaldo parece que foi tirada numa sessão do vigilantes do peso. Não é à toa que o diário Hermano caiu matando a pau:

 dupla de peso...

Nada contra o Corinthians (na verdade, tudo....mas deixa pra lá), o fato é que isso mostra um pouco do valor do nosso povo. O cara pra ser ídolo tem que ser FODA (?). E só.
Beber, andar com traveco, viver na balada, ser gordo (pra quem vive da bola...) não pega nada. Balançando a rede tá tudo certo.
Veja o Rogério Ceni, por exemplo (não é porque sou sãopaulino mas ilustra bem isso). O cara ficou a vida toda no São Paulo, coisa impossível difícil hoje em dia. Soube esperar sua hora (ficou um tempão na reserva) e antes de cobrar a primeira falta em um jogo, já tinha treinado ao menos quinze mil chutes de bola parada. Sabe falar, nunca foi visto fazendo bagunça e dentro de campo é uma referência pro time. É profissional.
Com tudo isso, ganhou a fama de “chato”. Vai entender.
Só pode ser coisa de brasileiro mesmo, idolatrar a figura do anti-herói. Tem que ter malandragem, levar vantagem em tudo. Lei de Gerson!

exemplo de “o cara” para o brasileiro

É por isso que Tiriricas, Lulinhas, Frank Aguiar, Clodovil e toda turminha da pizza deita e rola e o país tá na merda.
Foi mal o desabafo, às vezes acordo de saco cheio mesmo.
Pra fechar, o que pra mim significa "o cara":

Aí sim!

E sábadão tamo lá!
"The chase is better than the catch" (Lemmy Kilmister)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre casamentos e encalhamentos

Perguntinha que me fizeram dia desses:
"Você que é cheio das explicações, por favor esclareça:
Nessa semana descobri que minha prima e que uma das minhas melhores amigas vão casar - não uma com a outra, tá???
hehehe
cada um com o seu....

what the fuck is going on??
será uma epidemia??"

Não sou seu analista (e não ganho por hora), mas vou responder comentar essa pergunta, mais batida que The Blue Lagoon na sessão da tarde (vai falar que você, garotinho juvenil, não se imaginava com a Brooke Shields naquela ilha deserta?).

"Você que é cheio das explicações, por favor esclareça:"
Não sou cheio de explicação, não. Sem florear, gosto de ir direto ao ponto. Faca no nervo.

"não uma com a outra, tá???"
Tranqüilo, já falei nuns posts lá pra trás que o mundo tá acabando mesmo. Pelo menos a perguntante já me alertou de antemão.

"what the fuck is going on??será uma epidemia??”
Agora sim. Você deve estar vendo todas suas amigas casando enquanto você roda na dança da cadeira, com medo de sobrar no final. Sim, mulher (não todas, uns 99%) tem pavor de acabar ficando sozinha. Até lembrei daquela historinha, o menor conto de fadas do mundo:

"Era uma vez um rapaz que pediu a uma linda garota:
- Você quer se casar comigo?
Ela respondeu:
- NÃO!
E o rapaz viveu feliz para sempre, foi pescar, jogou futebol, conheceu muitas outras garotas, visitou muitos lugares, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava grana, bebia cerveja com os amigos sempre que estava com vontade e ninguém mandava nele.
A moça teve celulite, varizes , os peitos caíram e ficou sozinha.
FIM
." (autor desconhecido)


Relaxa, pois se bater o desespero, fudeu. Vai virar aquelas malucas que atropelam todo mundo pra pegar o buquê (costumo dizer que depois dos 30, o buquê tem o efeito inverso).
É normal. Vocês vão ficando mais vividas, já passou a fase de querer se dedicar 100% à carreira e se sentem no momento de se realizarem como mulher (ou seja, mãe). Agora que conseguiu um cara bacana, vai aproveitar e fisgar o rapaz, que deve estar (momentaneamente) cansado dessa vida de balada. Além do mais, casamento é a maneira mais aceita socialmente para a mulher ter um filho.
Outra possibilidade (menos provável) é que suas amigas tenham encontrado o verdadeiro amor, a “tampa da panela” (eu acho idiota esse termo).

Exemplo de amor sincero e sem interesse

Se suas amigas estão te abandonando, não há motivos pra ficar indignada. Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos, a taxa de divórcio triplicou no Brasil. Logo, não se espante se a pombinha de hoje voltar a ser a sua parceira de bagunça amanhã.

Só tenha em mente que o príncipe encantado não existe. E a escolha é sua: arrumar alguém para tretar pelo resto da vida (afinal essa é a idéia, né?) ou ficar sozinha. Tá bom, vai....tem gente que se diverte nesta segunda opção. Afinal de contas, quando se está feliz a gente esquece qualquer coisa.

 the blue or the red pill…?

Boa sorte.

"Casar-se significa duplicar as suas obrigações e reduzir a metade dos seus direitos."(Arthur Schopenhauer)